domingo, 22 de maio de 2011

Preto no Branco - Aldeci Xavier




Publicação de sábado, 14 de maio de 2011

14/05/2011 - 09h10m


SOS SAPUCAIA
O ambientalista Soter Magno, através da Organização Vida Verde (Ovive) iniciou em Montes Claros uma campanha de mobilização da comunidade para impedir a construção de condomínio de Luxo na Praça da Sapucaia (Serra do Mel).  Junto com outras instituições ambientais, um abaixo-assinado vem colhendo assinatura da população e posteriormente será encaminhado as autoridades jurídicas e ambientais de todo o país, a começar pelo município. Conforme divulgamos em coluna anterior, no município de Ouro Preto a população, Ministério Público e o judiciário impediram tal absurdo. Aliás, ficamos sem entender porque tem gente na imprensa que antes era contrária a tal absurdo e hoje aparece fazendo propaganda em favor das construtoras. Pense o que quiser.

RESPEITE A NATUREZA
É preciso que a população vá fundo para saber o que está por trás do interesse de determinados setores e de determinadas pessoas que estão defendendo ferozmente a destruição de parte da Serra do Ibituruna para abrigar condomínio de luxo. É como se toda sociedade tivesse que viver em função e submeter aos caprichos e aos interesses do poder econômico. Será que alguém está levando vantagens inconfessáveis para defender as empresas da capital nesta empreitada? Aliás, nem de longe quero acreditar que isto esteja acontecendo e o momento é para invocar o Ministério Público, Órgãos ambientais sérios e as ONGS que defendem o meio ambiente. Se possível for, que vão para o local com o objetivo de impedir mais este absurdo. A este respeito, fica claro que o setor da prefeitura responsável pela condução do processo manifesta de forma a deixar entender que não tem a preocupação de defender a natureza e sim a construção de condomínio no local.
 
FIM DA SERRA
Pelo que estamos assistindo no caso da proposta de construção de condomínio na Serra do Ibituruna não será nenhuma novidade se a nossa cidade for obrigada a abandonar o nome de Montes Claros e passar a ser chamada de “Montes Destruídos”. Basta a exploração de nossas serras para extração de calcário, brita e outros. Será que a gana pelo recolhimento do IPTU na área justifica tirar da população uma das poucas visões que temos do nosso verde? A este respeito gostaria que os envolvidos na questão busquem informação na cidade de Ouro Preto,  onde  uma destas empresas que tentam construir condomínio em nossa serra foi barrada pelo Ministério Público no seu intento.
Será que naquele município a visão de preservação da natureza é diferente da nossa? Para os menos avisados, vale salientar que as empresas estão forçando a barra para apressar o processo pelo fato do novo Código Tributário definir que os topos de morros são protegidos, não podendo ser desmatados ou receberem construções.

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